Reserva de Emergência: o que lhe salva num momento de crise!


A Reserva de Emergência é o montante financeiro correspondente a pelo menos 6 meses do seu custo de vida, que lhe socorre no caso de uma despesa inesperada. Ela serve para você não “quebrar”!


        A Reserva de Emergência é a quantidade em dinheiro que deve ser guardada para lhe socorrer no caso de um evento que ocasione uma despesa inesperada, como a perda do emprego, uma manutenção no carro, um problema de saúde na família etc.
        Esse montante financeiro deve ser capaz de cobrir os seus gastos mensais por pelo menos 6 meses. Com a pandemia do Novo Coronavírus, há quem defenda uma visão mais conservadora de que essa reserva financeira seja capaz de cobrir até 12 meses do seu custo de vida.
        É importante salientar que o valor a ser calcular da Reserva de Emergência não leva em consideração o seu salário, mas sim todas as suas despesas mensais por um período de 6 meses.
        Vamos a um exemplo:

        Suponhamos que todas as suas despesas mensais somem um valor de R$ 2.000,00.
Se você precisa estar assegurado por um período mínimo de 6 meses, logo:

Reserva de Emergência= R$ 2.000,00 x 6 = R$ 12.000,00.

        Ou seja, essa pessoa que possui um custo de vida mensal de R$ 2.000,00 deverá juntar um montante de R$ 12.000,00 como Reserva de Emergência.

        A Reserva de Emergência vem para lhe dar segurança num momento de crise. Se por ventura você vier a perder o emprego, possuindo uma Reserva de Emergência, você terá 6 meses para encontrar um novo emprego sem ter de recorrer a empréstimos de curto prazo, que certamente terão juros abusivos que podem agravar ainda mais a sua situação financeira.
        Além disso, a Reserva de Emergência serve não apenas para lhe “salvar” num momento de crise, mas, também, para lhe dar liberdade de escolha. Por exemplo, se você está descontente no trabalho e decide fazer uma transição de carreira, esta escolha estará muito mais fundamentada se você possuir uma Reserva de Emergência.
        É importante ficar claro que, como o próprio nome já diz, a Reserva de Emergência deve ser usada no caso de uma despesa inesperada. Portanto, jamais gaste esse recurso com despesas que podem ser devidamente planejados, como uma viagem, a compra de uma roupa para uma festa etc.


        E onde investir o dinheiro da Reserva de Emergência?

        Antes de mais nada, é importante ressaltar as características que devem possuir os investimentos adequados para compor uma Reserva de Emergência. São elas:

  • Alta liquidez;
  • Baixo Risco;
  • Rentabilidade baixa a média.

        Ninguém prevê o momento em que um imprevisto pode acontecer, por isso, os ativos adequados para compor uma Reserva de Emergência devem possuir uma alta liquidez, ou seja, em que seja possível sacar o recurso a qualquer momento.
        Além disso, esses investimentos devem ser de baixo risco e, portanto, pouco voláteis, ou seja, quando o ativo oscila pouco de preço. Isso evita que, no momento em que é necessário sacar a Reserva de Emergência, o investimento não esteja num momento de baixa da oscilação de preço, ou seja, não esteja com uma rentabilidade negativa.
        Por fim, investimentos com baixo risco e alta liquidez não terão grandes rentabilidades, já que risco e retorno estão associados (quanto maior o retorno, maior o risco tomado). Assim, espera-se rentabilidades baixas a médias desses ativos.


        Então, em que ativos investir a Reserva de Emergência?

        Não importa muito em que patamar está a taxa Selic, os investimentos que atendem aos requisitos de uma Reserva de Emergência são todos atrelados à Selic. Exemplos:

  • Tesouro Selic;
  • CDB de liquidez diária;
  • Fundo DI.

        Tesouro Selic: é o ativo com menor risco de mercado, pois representa o risco do Brasil “quebrar” (e sabemos que é mais fácil uma empresa quebrar que um país quebrar, já que o país tem a capacidade de “imprimir” dinheiro). Sua rentabilidade segue a taxa Selic.

        CDB de liquidez diária: possui um risco um pouco maior que o Tesouro Selic, pois carrega o risco do banco falir. Mas como esse tipo de investimento é assegurado pelo FGC (Para saber o que é o FGC, assista ao vídeo abaixo ou leia este post aqui: O que é o FGC, Fundo Garantidor de Crédito e como ele pode proteger os seus investimentos), ele é considerado um investimento seguro. Sua rentabilidade é um percentual do CDI (o CDI, Certificado de Depósito Interbancário, que é a taxa praticada nos empréstimos entre os bancos, costuma ser 0,1 pontos abaixo da taxa Selic).

        Fundo DI: são fundos que investem em títulos do Tesouro. Um fundo DI pode ser uma opção melhor que um CDB, pois o fundo é diversificado. Já investindo num CDB, você estará sujeito ao risco de um único banco. Ainda que o CDB seja assegurado pelo FGC, se o banco falir, você pode ficar alguns dias ou até meses aguardando receber o recurso, o que pode ser um problema caso ocorra algum imprevisto financeiro durante esse período.




        Investimentos não recomendados para compor uma Reserva de Emergência

        Investimentos que não são recomendados para compor uma Reserva de Emergência, são, por exemplo, a Poupança, pois apesar de ela possuir baixo risco e alta liquidez, ela rende menos que o Tesouro Selic. Além disso, sua rentabilidade só é paga no aniversário. Assim, se a sua Poupança faz aniversário todo dia 5 de cada mês e ocorrer um imprevisto financeiro no dia 25, em que você precisará sacar o montante da Poupança, você deixará de resgatar os juros entre os dias 5 e 25.
        Tesouro IPCA e Tesouro Prefixado também não são recomendados para uma Reserva de Emergência, pois o preço desses papeis oscilam até o período de seu vencimento. Com isso, você está sujeito ao risco de precisar sacar o recurso num momento em que o ativo está com uma rentabilidade negativa.

        Um grande erro das pessoas é quererem pular a etapa de compor uma Reserva de Emergência para começarem a investir logo no Mercado de Ações. Segure a sua ansiedade! Pois se você passar por uma emergência financeira sem ter ainda uma Reserva de Emergência, você corre o risco de ter de vender as suas ações num momento de baixa no mercado para cobrir a despesa inesperada.

        Segue abaixo algumas dúvidas comuns sobre a Reserva de Emergência:


        FGTS pode ser usado como Reserva de Emergência?

        Na verdade, no caso de você ser demitido do emprego, sim. Mas no caso de um outro imprevisto financeiro, não, pois você não conseguirá sacá-lo no momento em que precisar (o FGTS não possui uma das características básicas de uma Reserva de Emergência, que é a liquidez).


        Qual a diferença entre Reserva de Emergência e Reserva de Oportunidade?

        Como já foi definido, a Reserva de Emergência deve cobrir seu custo de vida por um período de pelo menos 6 meses.
        A Reserva de Oportunidade, assim como a Reserva de Emergência, deve investida em aplicações de curto prazo, em que o resgate possa ser imediato. Porém, o que difere é a sua finalidade: a Reserva de Oportunidade serve para quando houver uma queda no mercado no preço das ações, por exemplo, e o investidor pode sacar o recurso rapidamente para comprar por preços mais baixos. O grande problema na hora de usar a Reserva de Oportunidade é saber exatamente quando o mercado está numa mínima (que é quando é o melhor momento de se comprar um determinado ativo), tendo em vista que o Mercado de Ações é volátil e imprevisível. Por essa razão, há quem considera desnecessário juntar um montante financeiro para compor uma Reserva de Oportunidade.


        Para concluir, a Reserva de Emergência vem para lhe “salvar” no curto prazo, mas pode ser entendida também como um investimento de longo prazo no sentido em que você deve mantê-la por toda a vida, afinal de contas, um imprevisto pode acontecer em qualquer parte da sua jornada. Por isso, é importante recompô-la após utilizá-la.

        Veja abaixo o vídeo completo sobre a Reserva de Emergência:


Vídeo completo sobre Reserva de Emergência 

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